Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Maria Clara Sodré fala sobre atendimento especial a alunos superdotados

Por Maria Clara Sodré S. Gama*

A importância do atendimento especial aos alunos superdotados se justifica de três maneiras: necessidades educacionais, justiça social e necessidade econômica e política do país.


Maria Clara Sodré, coordenadora do Programa Estrela Dalva, fala sobre o atendimento especial aos jovens superdotados

Do ponto de vista das necessidades educacionais, justifica-se o atendimento especial da mesma maneira que se justificam as diferenciações para alunos com deficiências físicas ou mentais. Do ponto de vista da justiça social, justifica-se a oferta de oportunidades educativas diferenciadas dentro da lógica da equidade, ou seja, para alunos diferentes é justo que o atendimento seja diferente. E do ponto de vista econômico e político, justifica-se o atendimento especial a partir das exigências que a modernidade impõe sobre países que querem atingir níveis elevados de desenvolvimento tecnológico, científico e social.

Pesquisas indicam que, quanto mais cedo é feito o atendimento educacional diferenciado a crianças superdotadas, maiores são as chances de se tornarem adultos que contribuem para a comunidade. Os dados ainda mostram que nem todas as crianças que dispõem de aptidões superiores se tornam adultos talentosos. O aluno superdotado precisa de desafios acadêmicos complexos e variados para que suas habilidades se desenvolvam apropriadamente.

Pesquisas indicam também que, no Brasil, são poucos os alunos superdotados que participam de programas especiais que os desafiam intelectual e academicamente. Com relação a alunos superdotados de baixa renda, estes ainda enfrentam dificuldades para receber educação básica de qualidade: muitas vezes frequentam escolas que lidam com as mais variadas carências, tanto do ponto de vista material quanto do humano, impedindo-os de atingirem os níveis mais altos de especialização, condizentes com o seu potencial.

O Programa Estrela Dalva seleciona alunos superdotados de baixa renda na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e os prepara para a entrada em escolas públicas de excelência, que oferecem educação de ótima qualidade. Hoje, 120 alunos do Programa frequentam o Colégio Pedro II, o Colégio de Aplicação da UERJ ou o Colégio Militar, e 60 alunos estão sendo preparados para os concursos de seleção dessas escolas.

Além disso, o Programa oferece oportunidades para os jovens se envolverem em atividades acadêmicas e culturais que vão muito além do que é oferecido na escola, tais como idas a concertos, museus, casas de cultura e de ciência, curso de inglês, oficinas especializadas (Direito, Biologia, Desenho Animado, Arquitetura, Mecânica, Economia, etc.) e tantas outras. Os patrocinadores e os profissionais do Programa acreditam que o Brasil não é tão rico nem tão abençoado com recursos naturais que possa ignorar educacionalmente o potencial humano dos alunos superdotados, sobretudo aqueles de baixa renda. Por isso, apostam na sua educação.

Maria Clara Sodré é Coordenadora do Programa Estrela Dalva para Alunos Superdotados


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Parabéns, Professora Maria Clara pelo lindo Projeto desenvolvido ! 

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