Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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domingo, 1 de maio de 2016

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Para lerem este meu artigo sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, acessem o link abaixo :


O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) caracteriza-se por uma tríade consistente nos seguintes sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. As crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em clínicas, escolas e em casa, e seu critério diagnóstico é fundamentalmente clínico. O DSM-V, Manual de Psiquiatria, subdivide o TDAH em três tipos de apresentações:

a) TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;

b) TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade;

c) TDAH combinado.

Foto: Jose Luis PelaezFoto: Jose Luis PelaezFoto: Jose Luis Pelaez

Foto: Jose Luis Pelaez

O tipo com apresentação de sintomas de desatenção é encontrado com mais frequência no sexo feminino e parece apresentar, conjuntamente com o tipo de apresentação combinada, uma taxa mais elevada de prejuízo acadêmico.

Crianças com TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade, por outro lado, podem se apresentar mais agressivas e impulsivas, quando comparadas àquelas com que os outros dois tipos, e tendem a apresentar altas taxas de impopularidade e de rejeição pelos colegas.

A base do diagnóstico está formada predominantemente pela história, observação do comportamento atual do paciente e relato de pais e professores sobre o comportamento da criança, nos diversos ambientes que ela frequenta.

Apesar de estas crianças (com TDAH) conseguirem controlar os sintomas com esforço voluntário, ou em atividades de grande interesse, muitas vezes, conseguem passar horas na frente do computador ou videogame, ainda assim, não mais do que alguns minutos na frente de um livro em sala de aula ou em casa.

Como “critérios diagnósticos”, o DSM-V considera que devem estar presentes seis ou mais sintomas de desatenção e/ou hiperatividade, com duração mínima de seis meses, início antes dos 12 anos de idade, em dois contextos diferentes, enfatizando o significativo prejuízo acadêmico, social e ocupacional.

Avaliações complementares se fazem necessárias, tanto auditivas, quanto visuais, já que déficits nessas funções sensoriais podem acarretar importantes dificuldades atencionais e também a hiperatividade. A avaliação neurológica é relevante para a exclusão de patologias neurológicas que possam mimetizar o TDAH e, muitas vezes, é valiosa como reforço para o diagnóstico. Como avaliação complementar, sugere-se a testagem neuropsicológica cognitiva, assim como exames de neuroimagem (tomografia, ressonância magnética, ou SPECT cerebral), também devem fazer parte do ambiente de pesquisa, e não do clínico.

Pesquisas comprovam que, ao longo do desenvolvimento, o TDAH está associado à elevação no risco de baixo e pior desempenho escolar (tempo menor de estudo, estudos incompletos, necessidade de reforço, repetências, advertências, suspensões e expulsões), relações difíceis com familiares e colegas, desenvolvimento de ansiedade, depressão, baixa autoestima, problemas de conduta e delinquência, experimentação e abuso de drogas precoces, acidentes de carro e multas por excesso de velocidade, assim como dificuldades de relacionamento na vida adulta, no casamento e no trabalho, podendo, ainda, parte dessa evolução estar associada à presença da comorbidades, tal como com transtorno de conduta, e não só ao TDAH.

Alunos com TDAH têm direito a atendimento educacional especializado.


Material extraído do meu livro : Superdotação e Dupla Excepcionalidade - Contribuições da Neurociência, Psicologia, Pedagogia e Direito Aplicado ao Tema

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