Superdotação, Asperger (TEA) e Dupla Excepcionalidade por Claudia Hakim

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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Estudantes de 24 escolas de Bauru são identificados com sinais de superdotação

Extraído do site do  JCNET.com.br : http://www.jcnet.com.br/Geral/2016/08/estudantes-de-24-escolas-de-bauru-sao-identificados-com-sinais-de-superdotacao.html#prettyPhoto

Alunos com suspeita de QI acima da média são apontados por professores e submetidos a testes; 477 têm sinais de altas habilidades e superdotação

Marcus Liborio/ Alex Mita


Iniciativa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), projeto que visa oferecer ensino especializado a estudantes supertodatos avança em Bauru. Um levantamento realizado nas 52 escolas estaduais da cidade identificou, em 24 delas, um total de 477 alunos com sinais de altas habilidades e superdotação.

Hoje, inclusive, será iniciado o processo de testes na E.E. José Viranda, na Vila Giunta, para confirmar se os 62 estudantes indicados pelos docentes daquela unidade realmente tem QI acima da média. O serviço, previsto em lei, já foi instituído na E.E. João Pedro Fernandes, no Núcleo Gasparini, e beneficia nove alunos (leia abaixo).

Para identificar os sinais de superdotação, os professores se baseiam em um guia com 26 itens. O estudante pode ser relacionado em mais de um tópico, conforme sua aptidão. Exemplo: “os melhores da turma nas áreas de linguagem, comunicação e expressão” ou “os mais críticos com os outros e consigo próprio” são uns dos fatores levados em consideração.

Uma das coordenadoras do projeto, a professora do Departamento de Educação da Unesp Vera Capellini observa que os testes é que irão confirmar quais alunos são realmente dotados de altas habilidades.

Ela explica que não precisa somente ter bom desempenho acadêmico ou intelectual para ser considerado um superdotado. “Alguns ícones da sociedade podem ter um talento acima da média, numa área que não é a acadêmica. O Pelé, por exemplo, é um talento na área motora”.
O conceito para definição da superdotação é dividido, basicamente, em seis áreas: capacidade e inteligência geral; talento verbal; capacidade de pensamento abstrato (talento científico-matemático); criatividade acentuada e/ou talento artístico; talento psicossocial; e talento psicomotor.

Expansão

Para concluir as avaliações nas demais instituições, porém, é necessário que financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) seja aprovado

A Unesp, por ser uma instituição pública, tomou a iniciativa de aplicar os testes iniciais, mas isso gera custos. Para atender as outras escolas, o projeto precisa ser aprovado ou o Estado bancar ou estabelecer parcerias com instituições que tenham equipe específica, como a área da Saúde”, aponta.

Capellini destaca que, posteriormente, o projeto deve atender o restante das unidades nos outros 15 municípios que integram a Diretoria Regional de Ensino. Ao todo, são 82 escolas estaduais (52 em Bauru e 30 na região).

João Rosan/JC Imagem
Educadora de altas habilidades Maria Auxiliadora desenvolve atividade com as irmãs superdotadas Natsumi e Naomi

Demanda

Os alunos considerados superdotados são submetidos a atividades diversas, três vezes por semana, no contraturno escolar. Para isso, é necessário ter uma sala disponível e professores com habilitação especializada.

Supondo que os testes confirmem que os 477 alunos tenham altas habilidades, haveria a necessidade de dispor de ao menos 47 salas, numa média de 10 alunos por turma, e a mesma quantidade de docentes.

A dirigente regional de ensino Gina Sanchez adiantou que Bauru não atenderia a demanda. “Dificilmente, todos os indicados são confirmados com alta habilidade. Se forem, o caso será encaminhado para Secretaria de Estado da Educação analisar”, pondera.  

Nove alunos

Nove alunos, entre 7 e 13 anos, já são assistidos pelo projeto, oficialmente, desde março deste ano na E.E. João Pedro Fernandes. Educadora de altas habilidades, Maria Auxiliadora da Silva Gonçalves é quem aplica as atividades aos estudantes. “O nosso maior desafio é ir atrás do que eles mais querem, pois todos chegaram aqui com muita vontade de aprender”, ressalta.  

Irmãs, Natsumi e Naomi Zaramelo Waki, de 8 e 7 anos, respectivamente, manuseavam um cubo mágico, nesse sábado (20). “Para o desenvolvimento intelectual, é muito bom, pois influencia na percepção e ajuda a resolver os problemas de matemática com mais facilidade”, diz a docente.  Natsumi disse que o interesse pelo aprendizado aumentou depois que ela foi inserida ao projeto. “Percebi maior evolução em sala de aula”, avalia.

Projeto
Éder Azevedo/JC Imagem
Gina Sanchez diz que não há como atender toda a demanda

O projeto foi idealizado pelas professoras Vera Capellini, do Departamento de Educação da Unesp, e Olga Rolim Rodrigues, do Departamento de Psicologia. A ideia foi encampada pela Diretoria Regional de Ensino. Duas alunas da Unesp, que cursam mestrado em psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, também integram o programa.
Vera Capellini é uma das idealizadoreas do projeto

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